terça-feira, 25 de março de 2008 by andrea augusto - angelblue83
Visagismo
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Como assim Bial???
Ter um estilo próprio vai além da moda. Não adianta querer ter o corte ou a coloração do cabelo de determinada celebridade se aquele modelo não combina com seu estilo. Descobrir o look que combina com cada personalidade também não significa que a moda será deixada de lado, pelo contrário, o visagista inglês Philip Hallawell, explica os benefícios que sua técnica pode trazer, conta o que cada tipo e corte de cabelos significam e mostra duas transformações feitas por meio dessa técnica.
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"O visagismo é a construção da imagem que revela a identidade da pessoa. O visagismo coloca a imagem em sintonia com o modo de vida de cada um", define Hallawell.
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Antes de escolher um corte de cabelo, uma coloração, o design das sobrancelhas e até mesmo a maquiagem, é preciso analisar o físico da pessoa, levando em conta o formato do rosto, as feições, o gestual, a cor da pele e também considerar a personalidade, a profissão e os gostos pessoais. "A imagem da pessoa fala por ela mesma e por isso o visagismo não se prende a padrões. A preocupação é valorizar os pontos fortes e adaptar a moda ao estilo de cada um", explica. Segundo Hallawell o visagismo trabalha com o belo. "Ser bonito é ser esteticamente harmonioso, ser belo é transparecer as qualidades", especifica. A imagem comunica muito mais que as palavras, principalmente porque no caso da imagem pessoal, a reação de quem olha é meramente emocional. Não é preciso ter conhecimento em visagismo para entender as mensagens transmitidas pela imagem do outro. Por isso, Hallawell mostra o que os cabelos podem comunicar sobre você, mesmo que as mensagens transmitidas por sua imagem não estejam de acordo com sua personalidade. Por isso, confira os significados de cada um e veja se o seu corte de cabelo condiz com a imagem que você deseja passar.
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Cabelos com linhas verticais e retas: transmitem estrutura
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Cabelos com linhas retas horizontais: transmitem estabilidade. No entanto, uma franja reta e um cabelo com linhas verticais e base na horizontal, por exemplo, cria uma espécie de barreira e mostra que a pessoa é convencional; passa falta de jogo de cintura.
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Cabelos com linhas inclinadas: transmite dinamismo. Os cabelos com linhas inclinadas (desfiados ou repicados) que se voltam para dentro representam introversão e dinamismo, o que segundo o visagista Philipi Hallawell, é algo perigoso, pois mostra desequilíbrio. O ideal são as linhas inclinadas voltadas para fora, pois elas mostram que a pessoa é dinâmica e extrovertida.
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Cabelos com linhas curvas: os cabelos estilo "Gisele Bündchen" transmitem amplitude, sensualidade, lirismo e romantismo.
Cabelos com linhas mais fechadas (cachos): transmite uma imagem emocionalmente conturbada.
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Cabelos com linhas quebradas (encaracolados): segundo Hallawell trata-se de uma linha lúdica, que transmite infantilidade. Os encaracolados normalmente não são levados a sério. "Por isso que a maioria das mulheres, quando chega à idade adulta não gosta desse tipo de cabelo. Elas reagem emocionalmente, instintivamente ao se olhar no espelho. E essa é a mesma reação de quem as vê", explica.
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Redação Terra
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Cabelos com linhas verticais e retas: transmitem estrutura
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Cabelos com linhas retas horizontais: transmitem estabilidade. No entanto, uma franja reta e um cabelo com linhas verticais e base na horizontal, por exemplo, cria uma espécie de barreira e mostra que a pessoa é convencional; passa falta de jogo de cintura.
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Cabelos com linhas inclinadas: transmite dinamismo. Os cabelos com linhas inclinadas (desfiados ou repicados) que se voltam para dentro representam introversão e dinamismo, o que segundo o visagista Philipi Hallawell, é algo perigoso, pois mostra desequilíbrio. O ideal são as linhas inclinadas voltadas para fora, pois elas mostram que a pessoa é dinâmica e extrovertida.
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Cabelos com linhas curvas: os cabelos estilo "Gisele Bündchen" transmitem amplitude, sensualidade, lirismo e romantismo.
Cabelos com linhas mais fechadas (cachos): transmite uma imagem emocionalmente conturbada.
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Cabelos com linhas quebradas (encaracolados): segundo Hallawell trata-se de uma linha lúdica, que transmite infantilidade. Os encaracolados normalmente não são levados a sério. "Por isso que a maioria das mulheres, quando chega à idade adulta não gosta desse tipo de cabelo. Elas reagem emocionalmente, instintivamente ao se olhar no espelho. E essa é a mesma reação de quem as vê", explica.
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Redação Terra
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Nesta entrevista exclusiva, Philip Hallawell diz porque o conceito do visagismo é tão importante, não só para os profissionais da beleza, mas também para a população em geral. Confira.
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Beauty Fair - Como surgiu o conceito do Visagismo?
Philip Hallawell - O visagismo surgiu em 1937. É uma das conseqüências das grandes transformações pelas quais as sociedades passaram desde a Revolução Industrial, que proporcionou acesso à educação e à informação, inclusão social, poder econômico, mobilidade e comunicação a milhões de pessoas. Com tudo isso foi criado o desejo de se expressar como um indivíduo e ter um estilo personalizado. Por isso, a grande tendência atual é a customização e a despadronização.
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Beauty Fair - Em que o conceito se baseia?
Philip Hallawell - O visagismo é baseado no princípio que cada pessoa é única e tem sua própria beleza e oferece os meios para criar uma imagem pessoal personalizada. E para criar beleza na imagem pessoal, é preciso expressar qualidades do caráter da pessoa com harmonia e estética. Portanto, a beleza vem de dentro da pessoa e cada pessoa tem sua própria beleza única, e isso define como a imagem deve ser criada.
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Beauty Fair - Quem foi o pioneiro?
Philip Hallawell - Fernand Aubry, um cabeleireiro e maquilador francês, que percebeu a necessidade de personalizar a imagem e harmonizar todos os seus aspectos de acordo com uma única intenção. Ele alinhou a arte da criação da imagem pessoal a todas as outras artes visuais aplicadas, que trabalhavam de acordo com o conceito "a função define a forma", criado pelo arquiteto Louis Sullivan e estabelecido pela famosa escola de arte Bauhaus. Certa vez ele disse que "não há mulher sem beleza; só há belezas que não foram reveladas".
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Beauty Fair - Quem foram os primeiros a aplicar este conceito?
Philip Hallawell - O primeiro a aplicar o conceito mais amplamente foi Vidal Sassoon, que, nos anos 60 e 70 revolucionou o meio, mostrando que era possível personalizar a imagem. O francês Claude Juillard foi responsável por divulgar o conceito mais amplamente em cursos e palestras.
Aqui no Brasil, no entanto, o meu livro foi o primeiro a explicar o conceito, os fundamentos da linguagem visual e fornecer os meios para que qualquer profissional possa, com estudo e prática, aplicar o visagismo. Também foi o primeiro a explicar como a imagem afeta as pessoas emocionalmente, mostrando que toda a imagem, inclusive o rosto, contém símbolos arquetípicos na sua estrutura.
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Beauty Fair - Qual a importância no Visagismo hoje para o profissional da beleza?
Philip Hallawell - O rosto é a identidade de uma pessoa. Toda mudança, no rosto ou no cabelo, altera seu senso de identidade. Por isso, é muito importante que o profissional de beleza tenha consciência do que as linhas, as formas, as cores e outros elementos da imagem expressam e como afetam emocional e psiquicamente as pessoas e saiba qual a imagem mais adequada para cada momento da vida de seu cliente.
Com o visagismo ele tem consciência que seu trabalho não se resume somente à estética e a criar uma imagem bonita, porque saberá que uma imagem bonita, que não seja adequada, pode fazer muito mal. O visagismo permite que o profissional de beleza customize seus serviços, transformando-os em experiências únicas para seus clientes, porque consegue adequar a imagem delas de acordo com suas características físicas, seu temperamento, sua profissão, seu estilo de vida, suas necessidades e seu momento.
O visagista usa o conhecimento da linguagem visual para analisar as características físicas de uma pessoa, sua personalidade, seu comportamento e sua imagem atual. Sabe como expressar uma intenção visualmente, sem depender unicamente da sua intuição, e consegue explicar como seu trabalho afetará a pessoa e seus relacionamentos. Com tudo isso, ele tem condições de atender às necessidades de seus clientes e satisfazê-los, criando uma beleza que revela as qualidades de cada pessoa. Os clientes tornam-se muito mais fiéis e percebem que estão investindo nas suas imagens e não simplesmente gastando dinheiro em algo supérfluo.
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Beauty Fair - Ao usar o conceito do Visagismo, qual deve ser o principal objetivo deste profissional?
Philip Hallawell - Ajudar seu cliente a definir o que ele deseja expressar através de sua própria imagem.
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Beauty Fair - Qual a importância para a população?
Philip Hallawell - O visagismo conscientiza as pessoas da importância da imagem pessoal, que é tão importante que só deve ser tratada por um profissional bem treinado. Os resultados vão muito além da estética, principalmente criando harmonia entre a imagem externa, o comportamento e a identidade. Isso traz benefícios à saúde, tanto física quanto psíquica, aos relacionamentos e ao trabalho.
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Beauty Fair - Quantos profissionais são certificados em Visagismo hoje?
Philip Hallawell - Cerca de 200 profissionais já fizeram o meu curso, que são os que posso dizer que estão certificados. Mas há também milhares que compraram o livro e que freqüentaram os workshops, palestras e congressos onde apresento o conceito. Também há profissionais de outras áreas que estão usando o conceito; psicólogos, médicos, profissionais de moda entre outros. No ano que vem vou palestrar no Congresso Mundial de Medicina Estética.
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Beauty Fair - Em que o profissional deve se atentar para obter o conhecimento do conceito do Visagismo?
Philip Hallawell - Ele precisa dominar os fundamentos da linguagem visual e os princípios de harmonia e estética, consciente de que são princípios e não regras. Isso requer estudo e prática. Também precisa aprender alguns princípios de psicologia e saber identificar a personalidade de uma pessoa pelas suas características físicas e analisar o comportamento pela leitura dos gestos e porte físico. O mais importante é que precisa aprender a conversar com o cliente e fazer a consulta, o que requer que mude radicalmente sua atitude. A maioria dos profissionais pensa somente na parte estética - o que ficará esteticamente bem no cliente. No visagismo, isso vem por último. Primeiro se pensa no que a pessoa deseja ou precisa expressar e, para poder fazer isso, é preciso pensar em quem a pessoa é, o que faz e como é seu estilo de vida. O visagismo é uma arte e, como qualquer arte, exige disciplina, concentração, prática e paciência para que se obtenha domínio.
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Beauty Fair – No Brasil existem muitos salões que atuam fundamentados neste conceito? Quais são os principais?
Philip Hallawell - Apesar do conceito ter sido criado há mais de 70 anos, o profissional dependia da sua intuição, sensibilidade e inteligência visual para exercê-lo. Os cursos existentes aqui e na Europa somente ensinavam as técnicas de analisar o formato do rosto e cor da pele. Nos cursos mais avançados do Claude Juillard ensina-se a analisar o comportamento, mas nenhum ensina a linguagem visual, nem a analisar a personalidade. Só agora o profissional tem acesso aos conhecimentos necessários, além das técnicas de análise. Esses cursos estão sendo administrados há somente dois anos. Mesmo assim, alguns salões estão trabalhando com este conceito: Cabelaria, de André Mateus; Hugo Beauty, de Hugo Moser; Bessa; HairStyles, Dress Up Beauty, Frank Provost, e Gê Beleza. Há ainda vários outros se preparando para adotar essa nova estratégia que é um grande diferencial para o cliente e que dá um enorme retorno para o salão.
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Beauty Fair - Existem quatro tipos de personalidade definidos por Hipócrates. É possível que uma única pessoa apresente características pertinentes a mais de uma personalidade?
Philip Hallawell - Cada pessoa é uma mistura única dos quatro tipos. Na maioria das pessoas predomina um ou dois tipos, mas há outras pessoas que têm um equilíbrio de características de três.
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Beauty Fair - Neste caso, o que o profissional deve fazer?
Philip Hallawell - O importante para o profissional é identificar aonde cada tipo se manifesta e quanto. Ele precisa identificar como cada tipo se manifesta na emoção, na vontade, no pensamento e na intuição e se a pessoa deseja evidenciar ou diminuir essas características. Uma pessoa predominantemente sangüínea, por exemplo, extrovertida, comunicativa e alegre, pode sentir necessidade de revelar um lado mais sério, enquanto uma pessoa mais melancólica, introvertida e reflexiva, pode precisar se soltar mais.
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Beauty Fair - Pelos seus estudos, qual o tipo de personalidade mais comum entre os brasileiros? A que você atribui este fato?
Philip Hallawell - Pelo fato de haver uma grande miscigenação no Brasil, não há um tipo predominante. No entanto, ainda há muitos falsos fleumáticos, especialmente fora das grandes cidades e no Nordeste do País.
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Beauty Fair - Como surgiu o conceito do Visagismo?
Philip Hallawell - O visagismo surgiu em 1937. É uma das conseqüências das grandes transformações pelas quais as sociedades passaram desde a Revolução Industrial, que proporcionou acesso à educação e à informação, inclusão social, poder econômico, mobilidade e comunicação a milhões de pessoas. Com tudo isso foi criado o desejo de se expressar como um indivíduo e ter um estilo personalizado. Por isso, a grande tendência atual é a customização e a despadronização.
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Beauty Fair - Em que o conceito se baseia?
Philip Hallawell - O visagismo é baseado no princípio que cada pessoa é única e tem sua própria beleza e oferece os meios para criar uma imagem pessoal personalizada. E para criar beleza na imagem pessoal, é preciso expressar qualidades do caráter da pessoa com harmonia e estética. Portanto, a beleza vem de dentro da pessoa e cada pessoa tem sua própria beleza única, e isso define como a imagem deve ser criada.
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Beauty Fair - Quem foi o pioneiro?
Philip Hallawell - Fernand Aubry, um cabeleireiro e maquilador francês, que percebeu a necessidade de personalizar a imagem e harmonizar todos os seus aspectos de acordo com uma única intenção. Ele alinhou a arte da criação da imagem pessoal a todas as outras artes visuais aplicadas, que trabalhavam de acordo com o conceito "a função define a forma", criado pelo arquiteto Louis Sullivan e estabelecido pela famosa escola de arte Bauhaus. Certa vez ele disse que "não há mulher sem beleza; só há belezas que não foram reveladas".
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Beauty Fair - Quem foram os primeiros a aplicar este conceito?
Philip Hallawell - O primeiro a aplicar o conceito mais amplamente foi Vidal Sassoon, que, nos anos 60 e 70 revolucionou o meio, mostrando que era possível personalizar a imagem. O francês Claude Juillard foi responsável por divulgar o conceito mais amplamente em cursos e palestras.
Aqui no Brasil, no entanto, o meu livro foi o primeiro a explicar o conceito, os fundamentos da linguagem visual e fornecer os meios para que qualquer profissional possa, com estudo e prática, aplicar o visagismo. Também foi o primeiro a explicar como a imagem afeta as pessoas emocionalmente, mostrando que toda a imagem, inclusive o rosto, contém símbolos arquetípicos na sua estrutura.
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Beauty Fair - Qual a importância no Visagismo hoje para o profissional da beleza?
Philip Hallawell - O rosto é a identidade de uma pessoa. Toda mudança, no rosto ou no cabelo, altera seu senso de identidade. Por isso, é muito importante que o profissional de beleza tenha consciência do que as linhas, as formas, as cores e outros elementos da imagem expressam e como afetam emocional e psiquicamente as pessoas e saiba qual a imagem mais adequada para cada momento da vida de seu cliente.
Com o visagismo ele tem consciência que seu trabalho não se resume somente à estética e a criar uma imagem bonita, porque saberá que uma imagem bonita, que não seja adequada, pode fazer muito mal. O visagismo permite que o profissional de beleza customize seus serviços, transformando-os em experiências únicas para seus clientes, porque consegue adequar a imagem delas de acordo com suas características físicas, seu temperamento, sua profissão, seu estilo de vida, suas necessidades e seu momento.
O visagista usa o conhecimento da linguagem visual para analisar as características físicas de uma pessoa, sua personalidade, seu comportamento e sua imagem atual. Sabe como expressar uma intenção visualmente, sem depender unicamente da sua intuição, e consegue explicar como seu trabalho afetará a pessoa e seus relacionamentos. Com tudo isso, ele tem condições de atender às necessidades de seus clientes e satisfazê-los, criando uma beleza que revela as qualidades de cada pessoa. Os clientes tornam-se muito mais fiéis e percebem que estão investindo nas suas imagens e não simplesmente gastando dinheiro em algo supérfluo.
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Beauty Fair - Ao usar o conceito do Visagismo, qual deve ser o principal objetivo deste profissional?
Philip Hallawell - Ajudar seu cliente a definir o que ele deseja expressar através de sua própria imagem.
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Beauty Fair - Qual a importância para a população?
Philip Hallawell - O visagismo conscientiza as pessoas da importância da imagem pessoal, que é tão importante que só deve ser tratada por um profissional bem treinado. Os resultados vão muito além da estética, principalmente criando harmonia entre a imagem externa, o comportamento e a identidade. Isso traz benefícios à saúde, tanto física quanto psíquica, aos relacionamentos e ao trabalho.
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Beauty Fair - Quantos profissionais são certificados em Visagismo hoje?
Philip Hallawell - Cerca de 200 profissionais já fizeram o meu curso, que são os que posso dizer que estão certificados. Mas há também milhares que compraram o livro e que freqüentaram os workshops, palestras e congressos onde apresento o conceito. Também há profissionais de outras áreas que estão usando o conceito; psicólogos, médicos, profissionais de moda entre outros. No ano que vem vou palestrar no Congresso Mundial de Medicina Estética.
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Beauty Fair - Em que o profissional deve se atentar para obter o conhecimento do conceito do Visagismo?
Philip Hallawell - Ele precisa dominar os fundamentos da linguagem visual e os princípios de harmonia e estética, consciente de que são princípios e não regras. Isso requer estudo e prática. Também precisa aprender alguns princípios de psicologia e saber identificar a personalidade de uma pessoa pelas suas características físicas e analisar o comportamento pela leitura dos gestos e porte físico. O mais importante é que precisa aprender a conversar com o cliente e fazer a consulta, o que requer que mude radicalmente sua atitude. A maioria dos profissionais pensa somente na parte estética - o que ficará esteticamente bem no cliente. No visagismo, isso vem por último. Primeiro se pensa no que a pessoa deseja ou precisa expressar e, para poder fazer isso, é preciso pensar em quem a pessoa é, o que faz e como é seu estilo de vida. O visagismo é uma arte e, como qualquer arte, exige disciplina, concentração, prática e paciência para que se obtenha domínio.
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Beauty Fair – No Brasil existem muitos salões que atuam fundamentados neste conceito? Quais são os principais?
Philip Hallawell - Apesar do conceito ter sido criado há mais de 70 anos, o profissional dependia da sua intuição, sensibilidade e inteligência visual para exercê-lo. Os cursos existentes aqui e na Europa somente ensinavam as técnicas de analisar o formato do rosto e cor da pele. Nos cursos mais avançados do Claude Juillard ensina-se a analisar o comportamento, mas nenhum ensina a linguagem visual, nem a analisar a personalidade. Só agora o profissional tem acesso aos conhecimentos necessários, além das técnicas de análise. Esses cursos estão sendo administrados há somente dois anos. Mesmo assim, alguns salões estão trabalhando com este conceito: Cabelaria, de André Mateus; Hugo Beauty, de Hugo Moser; Bessa; HairStyles, Dress Up Beauty, Frank Provost, e Gê Beleza. Há ainda vários outros se preparando para adotar essa nova estratégia que é um grande diferencial para o cliente e que dá um enorme retorno para o salão.
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Beauty Fair - Existem quatro tipos de personalidade definidos por Hipócrates. É possível que uma única pessoa apresente características pertinentes a mais de uma personalidade?
Philip Hallawell - Cada pessoa é uma mistura única dos quatro tipos. Na maioria das pessoas predomina um ou dois tipos, mas há outras pessoas que têm um equilíbrio de características de três.
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Beauty Fair - Neste caso, o que o profissional deve fazer?
Philip Hallawell - O importante para o profissional é identificar aonde cada tipo se manifesta e quanto. Ele precisa identificar como cada tipo se manifesta na emoção, na vontade, no pensamento e na intuição e se a pessoa deseja evidenciar ou diminuir essas características. Uma pessoa predominantemente sangüínea, por exemplo, extrovertida, comunicativa e alegre, pode sentir necessidade de revelar um lado mais sério, enquanto uma pessoa mais melancólica, introvertida e reflexiva, pode precisar se soltar mais.
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Beauty Fair - Pelos seus estudos, qual o tipo de personalidade mais comum entre os brasileiros? A que você atribui este fato?
Philip Hallawell - Pelo fato de haver uma grande miscigenação no Brasil, não há um tipo predominante. No entanto, ainda há muitos falsos fleumáticos, especialmente fora das grandes cidades e no Nordeste do País.
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Temperamentos
Temperamentos
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O Visagismo segue quatro tipos de personalidade definidos por Hipócrates, o pai da Medicina:
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• Beleza Sangüínea – é caracterizada pela extroversão e energia. Pessoas com esse temperamento gostam de se destacar em relação aos outros, gesticulam muito, são inquietos e falam e riem alto. São curiosos e não gostam de rotina, por isso preferem trabalhar fora de escritórios. O formato do rosto é hexagonal com lateral reta, com olhos amendoados, boca larga e nariz pronunciado, o cabelo é louro dourado. A cor desse temperamento é o amarelo.
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• Beleza Colérica – expressa muita atitude, força e decisão. Os indivíduos coléricos são objetivos e obstinados e têm tendência a serem teimosos. Têm o rosto retangular, com olhos expressivos, lábios grossos e queixo pronunciado, o cabelo é ruivo. A cor que os representa é o vermelho.
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• Beleza Melancólica – é elegante, charmosa, sofisticada e artística. Os melancólicos são sensíveis, quietos e introvertidos, são profundos pensadores e têm um gosto refinado. O rosto tem um formato oval, com feições delicadas e regulares, o cabelo varia entre o louro cinza e o castanho claro. O elemento principal é a água, por isso a cor é azul.
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• Beleza Fleumática – de temperamento sereno, espiritualizado, os fleumáticos são constantes, fiéis, pacificadores e diplomáticos, além de amorosos e flexíveis. O formato do rosto pode ser quadrado ou redondo, com olhos cerrados, feições irregulares, queixo pequeno e cabelo escuro. A beleza fleumática é ligada ao éter, portanto sua cor é o roxo.
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