Juventude na pele
Conheça as novidades estéticas que prometem rejuvenescer sem cirurgia
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Os anos vão se acumulando e você começa a perceber aquelas ruguinhas desagradáveis surgindo no rosto, acompanhadas por uma leve papada no pescoço. Os braços também parecem meio flácidos... E de onde vieram essas manchas? Pois é, minha amiga, o tempo não perdoa. A idade está chegando e toda aquela pele lisinha e viçosa que você tinha vai, pouco a pouco, perdendo a jovialidade. O envelhecimento é absolutamente normal e inevitável, mas é claro que nenhuma mulher fica feliz de se conformar com isso, não é? Felizmente, graças aos esforços da ciência e da tecnologia, este processo pode se tornar mais lento ou mesmo ser revertido alguns anos. E o melhor: sem precisar de cirurgia!
Suaves, os peelings enzimáticos não apresentam riscos. Eles agem diretamente com os princípios ativos naturais, e com a finalidade de acelerar a síntese do colágeno.
Entre os sinais do envelhecimento precoce estão: a perda de elasticidade, luminosidade e espessura da pele, e o surgimento de manchas, rugas e linhas de expressão, que se realçam cada vez mais. Os especialistas alertam que é possível retardar este processo seguindo alguns cuidados diários e hábitos saudáveis - alimentação adequada, ingestão de água, atividades físicas e uso permanente de protetor solar. Mas, se isso não der muito certo ou você não for disciplinada o suficiente, peelings, ácidos, preenchimentos e tratamentos com laser podem ser a solução, mesmo que temporariamente.
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A dermatologista Denise Barcelos, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Clínica Paula Bellotti, deixa claro que não existe nada que substitua, em termos de resultado, a cirurgia plástica. "Nenhum procedimento não-cirúrgico causa uma conservação 100% eficiente, principalmente em relação à flacidez. Há, no entanto, tratamentos preventivos que podem retardar uma possível intervenção mais invasiva", afirma a especialista.
Confira as alternativas das clínicas de estética para você dar aquele "upgrade" na fachada sem precisar entrar na faca:
Peeling
Uma das melhores opções anti-envelhecimento atuais é o peeling. O que muita gente não sabe é que ele pode ser feito de diversas maneiras e atingir profundidades diferentes. Rebeca Lemos, consultora de estética da Vip-Clinique, revela os que mais indica para as pacientes: "O peeling químico, à base de ácidos, pode ser feito com ácido retinóico, glicóico ou melanesse, variando com o tipo de pele e com o problema a ser tratado", descreve. Segundo ela, todos os peelings agem de forma semelhante, provocando uma escamação da pele, o que elimina oleosidade, manchas, asperezas e linhas de expressão. "O que varia é a intensidade dos tratamentos: o de maçãs é mais superficial, o de cristal é intermediário, e o químico mais profundo - com ele é possível também tratar marcas de acne", especifica Rebeca.
A dermatologista Claudia Issa afirma que os peelings mais profundos são também os que oferecem mais riscos. "Eles exigem mais critério. Devem ser feitos preferencialmente em pacientes muito claras e com a pele já bastante envelhecida. O resultado é muito acentuado. Por isso, é melhor fazer vários tratamentos superficiais do que um profundo", recomenda. Existem outras observações e cuidados que precisam ser tomados antes de qualquer tratamento. "Se tiver com alguma ferida, por exemplo, a paciente não deve fazer", aconselha a fisioterapeuta dermato-funcional Fátima Pazos, proprietária da Clínica Pazos, no Rio. A terapeuta estética Maria Regina Souza inclui na lista de contra-indicações o câncer, e aproveita para dar a dica: "O verão não é a melhor época do ano; os ambientes estão quentes e úmidos e isso pode causar problemas". Então, aproveite a chegada do inverno!
Os peelings mais leves, como o de cristal e o de maçãs, que têm ação nutritiva e antioxidante, não exigem nenhuma preparação da pele. Antes de fazer o peeling químico, porém, a paciente deve usar uma concentração pequena de ácido (indicado pelo dermatologista) em casa, nos quinze dias que antecedem o procedimento. Além disso, durante todo o tratamento é preciso se esconder do sol. "No caso do peeling de cristal ou de maçã, é necessário evitar a exposição direta e usar diariamente um protetor solar. Já no caso do peeling químico, deve-se evitar completamente o sol (direta ou indiretamente) e usar um bloqueador. O cuidado em relação ao sol deve continuar por 20 dias após o fim do tratamento", adverte Rebeca Lemos. Em alguns casos, a pele tratada com peeling pode ficar ressecada, precisando de hidratação. São recomendados, dependendo do grau de ressecamento, o uso de hidratantes em casa ou de máscaras feitas na clínica, como as de ouro e de maçã.
Entre os peelings superficiais, estão também o de chá verde, que controla a oleosidade e as acnes, o de café, que clareia e hidrata a pele, e o de tomate, que é rico em vitamina A e ameniza manchas escuras. Os peelings enzimáticos são outra opção: "Suaves, não apresentam riscos. Eles agem diretamente com os princípios ativos naturais, e com a finalidade de acelerar a síntese do colágeno, ideal para pessoas que não têm tempo de cuidar da pele no dia-a- dia", sugere a terapeuta estética Maria Regina Souza. O peeling de rubi é outra novidade, e envolve esfoliação, máscaras e aplicação de gel com cristais de rubi e outros ácidos clareadores. O tratamento permite idas à praia, desde que a paciente se proteja com protetores e chapéu.
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Na primeira sessão de um peeling de cristal ou de frutas, por exemplo, já é possível perceber uma melhora na textura e no brilho da pele. No entanto, são indicadas pelo menos quatro sessões do tratamento para que ele surta efeito. O preço de um peeling de cristal ou de frutas está entre R$ 100 e R$ 300, enquanto o químico custa em torno de R$ 150. Os mais profundos são mais caros e variam conforme a indicação.
Há, ainda, um lançamento que está sendo adotado em alguns centros de estética - a luva condutora, que ajuda os profissionais a potencializar a ação dos produtos que ajudam a combater a flacidez e dar rejuvenescimento à pele. Segundo Bianca Médola, especialista responsável pelo centro de estética do Veronezi Studio, no Rio de Janeiro, as luvas são veículos de ativação das células que receberão os produtos em seguida. A impermeabilização dos ativos fica por conta do manípulo, que ajuda a selar os ativos junto à pele. "A luva acorda as células para o tratamento e o manípulo é um veículo condutor para a introdução dos produtos. É simples e indolor", afirma Bianca. O profissional usa uma luva de borracha por baixo de outra feita com material metalizado, que é ligada à tomada, acionando micro-correntes que fazem a ativação celular.
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Laser e luz


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A fisioterapeuta dermato-funcional Fátima Pazos afirma que, assim como o peeling é capaz de regenerar as células, o laser age profundamente nas camadas da pele. É possível retardar e amenizar os efeitos cronológicos através de procedimentos com lasers fracionados, que estimula a produção de colágeno, proteína que mantém a forma e impede a deformação dos tecidos. Entre os mais indicados atualmente, estão o Fraxel 1500, o Thermacool NTX e o Star Lux Deep IR.
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O Fraxel 1500 é uma nova tecnologia que regenera a pele de dentro para fora, indicada para fotoenvelhecimento, rugas profundas ao redor da boca e olhos, cicatrizes de acne e manchas na pele do rosto, colo e mãos. Com um pequeno número de sessões, é capaz de tratar alterações tanto da camada superficial (manchas), como da camada profunda (colágeno). Para que o tratamento seja eficaz, a recomendação é que se faça de três a cinco sessões, com intervalo de 15 a 30 dias entre elas. A paciente sente uma sensação de calor semelhante a uma moderada exposição solar por cerca de uma hora. A pele pode ficar levemente avermelhada por três a sete dias e apresentar uma descamação leve.
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Pessoas muito morenas ou negras precisam ter cuidado. Muitas vezes, a luz pulsada e até mesmo os lasers não conseguem tratar os problemas deste tipo de pele
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O Star Lux é outro tipo de laser usado para o rejuvenescimento facial que pode, também, ser utilizado no corpo para tratamento de flacidez e celulite. "Ele estimula o colágeno e mantém o tônus da pele. Pode retardar bastante o uso de botox, por exemplo", diz a dermatologista Denise Barcelos. Por atingir a pele de forma mais profunda, o Star Lux também é utilizado no corpo. A ponteira Deep IR é um infravermelho fracionado que penetra até seis milímetros na pele, promovendo a contração imediata do colágeno e melhorando a flacidez já na primeira sessão. O procedimento pode ser feito na face, no pescoço, nos braços, nas pernas e no abdômen, é indolor, não-invasivo e permite ser aplicado em qualquer tipo de pele, durante todo ano, associado ou não a outros tratamentos. São necessárias de três a cinco sessões com intervalos quinzenais.
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Já o Thermacool NTX é um método que utiliza a tecnologia de radiofreqüência, emitindo pulsos (ondas de calor) para reestruturar as fibras de colágeno e combater a flacidez. "Ele já existia há algum tempo, mas agora sofreu um upgrade, que permite que a máquina trabalhe mais profundamente que o Star Lux Deep IR", observa Denise Barcelos. As novas ponteiras tornaram o procedimento mais rápido e indolor. A aplicação é única e pode ser realizada de seis em seis meses, por pessoas com todo tipo de pele. O Thermacool mantém o tônus da pele, dá mais firmeza e evita a flacidez. Denise alerta: a técnica não deve ser feita em gestantes e está proibida para pessoas com marca-passo.
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A dermatologista Claudia Issa acrescenta na lista de métodos rejuvenescedores a luz intensa pulsada, aparelho que emite uma luz, mas não é um laser. Contudo, assim como nos procedimentos com laser, essa luz gera calor e atinge vários alvos na pele: a melanina (sardas e manchinhas), os vasos sanguíneos (microvarizes na face) e o colágeno (flacidez e rugas). O tratamento, praticamente indolor, é realizado em quatro, cinco ou seis sessões, uma por mês. "Pessoas muito morenas ou negras precisam ter cuidado. Muitas vezes, a luz pulsada e até mesmo os lasers não conseguem tratar os problemas deste tipo de pele, e podem até mesmo causar o efeito inverso, pois há risco de se formarem manchas claras ou escuras", ressalta a cirurgiã plástica Célia Sampaio.
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Durante e logo após as sessões de um procedimento com laser, os dermatologistas aconselham a paciente a evitar depilação (com exceção daquelas feitas com linha e pinça) e os cremes descolorantes. A exposição ao sol também precisa ser controlada. Se forem bem feitos, os procedimentos podem rejuvenescer, dependendo do caso, de cinco a dez anos. Entretanto, a dermatologista Denise Barcelos lembra que o ideal é associar vários tipos de tratamentos para que ao resultado seja totalmente satisfatório. "Um só não resolverá todos os problemas de uma vez", reitera.
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Preenchimento
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O preenchimento é indicado para rugas (finas ou profundas) e depressões faciais em regiões onde a ação muscular é importante e a toxina botulínica não é recomendada - como é o caso do sulco que vai do nariz até o canto da boca. São injetadas substâncias orgânicas ou inorgânicas nestes locais, sendo o ácido hialurônico a mais comum. A técnica costuma ser simples e segura, realizadas na própria clínica, com anestesia local ou tópica. Denise Barcelos, porém, faz uma ressalva: "O preenchimento serve como uma espécie de 'tapa-buraco' apenas".
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Segundo a dermatologista Claudia Issa, o preenchimento pode ser temporário, que dura até nove meses; semi-permanente, com duração de dois a três anos; ou permanente. "Estes últimos costumam durar 'para sempre', mas são os mais perigosos, já que há mais chances de provocar reações no corpo", frisa a especialista.
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A grande novidade em preenchimento, hoje, é o Radiesse, que é composto de hidroxiapatia de cálcio, substância presente no esmalte do dente e nos ossos. Quando aplicado, forma um ambiente que estimula a produção de colágeno e o crescimento tecidual, reconstruindo as camadas da pele. "É o mais durável dos preenchimentos, além de não sair do lugar. Segundo estudos clínicos, o tratamento aponta uma permanência de resultados de dois a três anos", afirma a cirurgiã plástica Célia Sampaio. O Radiesse é utilizado em aplicações reconstrutivas, cicatrizes, marcas de acnes, bochechas, lábios, atrofias, depressões celulíticas e sulcos mais profundos, entre outros. O produto, que não tem contra-indicações, é aprovado pelo FDA e já está sendo comercializado no Brasil. Célia Sampaio, que trabalha com este método, garante que o procedimento é bem rápido (cerca de 15 minutos) e não exige nenhum medicamento além de uma pomada anestésica no local, antes da injeção. Custa aproximadamente R$ 2 mil.
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Após qualquer tipo de preenchimento, é aconselhável ficar uma semana sem praticar nenhum exercício físico.
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Outros métodos
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Isogei facial: Este aparelho italiano promove uma eletro-estimulação que tonifica e enrijece os músculos da face. O Isogei trabalha 26 pontos do rosto. O tratamento deve ter um mínimo de 12 sessões, feitas duas vezes por semana. Cada sessão custa cerca de R$ 90.
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Transion facial: Assim como o Isogei, o Transion é um aparelho de eletro-estimulação que tonifica a musculatura do rosto, mas trabalhando grupos musculares como um todo. Faz uma espécie de "ginástica facial". O tratamento deve ter no mínimo 12 sessões e cada uma custa em torno de R$ 48.
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Carboxiterapia facial: A carboxiterapia é um tratamento que consiste na injeção de gás carbônico sob a pele, o que melhora a oxigenação e estimula a produção de colágeno e elastina, tratando a flacidez. Já na quarta sessão é possível ver resultados, mas é recomendável que se façam de 10 a 15 sessões. Cada uma delas dura em média 20 minutos e custa a partir de R$ 100. Deve ser aplicado por um médico.
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Toxina botulínica: A toxina botulínica tipo A tem como objetivo eliminar o papel muscular do envelhecimento, inibindo impulsos nervosos que causam a contração de músculos faciais responsáveis pelas rugas de expressão. O efeito dura de quatro a seis meses e o preço varia de acordo com a abrangência da região tratada. Se houver sobras de pele, não é bom investir neste método. Cuidados: repousar por quatro horas, não fazer massagens nem atividade física nos dias posteriores.
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Independentemente da idade, a cirurgiã plástica Célia Sampaio ressalta que qualquer procedimento deve ser iniciado com a indicação de um médico especialista: "É ele que vai avaliar qual a sua necessidade e que tratamentos você pode ou não fazer", finaliza.

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